domingo, 12 de outubro de 2008

Considerações primaveris

1 - Do golpe


"No te engañó la primavera
con besos que no floreciéron?"


XLVI, Livro de las preguntas, Pablo Neruda.


Ou todas aquelas pequenas flores amarelas que só fazem cair. Há por toda Goiânia. E então uma rua-tapete de florescidas que só caem e passam.




2 - Da auto-sabotagem

Pior sempre é um coração partido que não teve por quem se partir.




3 - Da sorte


Acontece que, de vez em quando, quando aquelas flores estão caindo, aquelas lá da primeira consideração, quando aquelas flores estão caindo, caso se ponha bem na ponta dos pés, esticando bastante o corpo todo, os braços, quando aquelas flores estão caindo por sorte talvez se consiga segurar uma delas bem entre os dedos, meio escorregando de leve. Na ponta dos dedos mas então você se concerta, põe os dois pés no chão e a segura certa porém delicadamente na palma da mão. Ou pelo menos é isso que se espera.


-


Em relação à primavera penso não comentar mais nada [a não ser que algo de surja com relevante pedido]. Aí ficam pra daqui um tempo comentários de verão. Aí se entra na questão da expectativa: para esse, um pedido um pouco difícil de se esperar da vida. Sem exageros de chuva, nada de desmoronamentos ou catástrofes. Enfim.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Correção

Por justiça: a letra do experimento de composição é um poema. Um poema do Cazarim. E, por mais justiça ainda, posto aqui parte de:



Noturno

Todo céu de noites é
Roxo como um hematoma

As estrelas cintilando são
cínicas delicadezas de uma violência.



Pode-se ver que o hematoma real é só no tipo de catarse.
Tomba, Victor, tomba.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

obs.: meu post multimídia não funciona.

tópico primeiro - Pedantismo


Soube esses dias. 
"O céu parece um hematoma roxo." 
Imagine só! uma soprano cantando isso. Imagine uma soprano cantando isso numa linguagem musical incompreensível [não incompreesível no sentido de que, um dia, ainda será compreendida e que, agora, ainda não estamos preparados para; incompreensível no sentido de "meu deus, como alguém conseguiu escrever isso"]. Letra da própria compositora! 
Se eu fosse ela, acordaria to-dos-os-dias pensando como sou vanguarda. Mo-der-na.

Mas tentaria lembrar também de TANTA coisa. Como exemplo, que na década de 50 John Cage fez 4'33". A orquestra entra, o maestro entra. Primeiro movimento. Segundo, terceiro. Nenhuma nota. No final, larga a batuta, puxa o lenço e da testa limpa o suor. Nenhum hematoma nem na letra nem na música e, last but not least, muito menos na platéia. Nenhuma nota.

Muito mais vanguarda e muito mais moderno. Na década de 50. 
E de um bom gosto muito maior. 
[ainda acho que a música deve ter um efeito catársico na platéia. mas discutir essas coisas de conceito ok, fica pra próxima]

[e, como também sou moderno, rs, um post multimídia!]

terça-feira, 23 de setembro de 2008



"Donana Cabriola suspirou tão fundo que passou a andar encurvada."




sábado, 13 de setembro de 2008



às vezes a gente mendiga um pouco amizade por sei lá que razão.


quinta-feira, 4 de setembro de 2008



"My smile becomes a stone
And my chest is open in dreams
For knowing that one day
The world was lost in songs."


Technicolor, dia 6, Martim Cererê.




"O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em qundo para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo."

Alberto Caeiro.


quarta-feira, 3 de setembro de 2008



Lyanna, me lembro sempre de você com este.

"A pesar de que el coronel Aureliano Buendía seguía creyendo y repitiendo que Remedios, la bella, era en realidad el ser más lúcido que había conocido jamás, y que lo demostraba a cada momento con su asombrosa habilidad para burlarse de todos, la abandonaron a la buena de Dios. Remedios, la bella, se quedó vagando por el desierto de la soledad, sin cruces a cuestas, madurándose en sus sueños sin pesadillas, en sus baños interminables, en sus comidas sin horarios, en sus hondos y prolongados silencios sin recuerdos, hasta una tarde de marzo en que Fernanda quiso doblar en el jardin sus sábanas de bramante, y pidió ayuda a las mujeres de la casa. Apenas habían empezado, cuando Amaranta advirtió que Remedios, la bella, estaba transparentada por una palidez intensa.
- ¿Te sientes mal? - le preguntó.
Remedios, la bella, que tenía agarrada la sábana por el otro extremo, hizo una sonrisa de lástima.
- Al contrario - dijo -, nunca me he sentido mejor.
Acabó de decirl, cuando Fernanda sintió que un delicado viento de luz le arrancó las sábanas de las manos y las desplegó en toda su amplitud. Amaranta sintió un temblor misterioso en los encajes de sus pollerines y trató de agarrarse de la sábana para no caer, en el instante en que Remedios, la bella, empezaba a elevarse. Úrsula, ya casi ciega, fue la única que tuvo serenidad para identificar la naturaleza de aquel viento irreparable, y dejó las sábanas a merced de la luz, viendo a Remedios, la bella, que le decia adiós con la mano, entre el deslumbrante aleteo de las sábanas que subían con ella, que abandonaban con ella el aire de los escarabajos y las dalias, y pasaban con ella a través del aire donde terminaban las cuatro de la tarde, y se perdieron con ella para siempre en los altos aires dondo no podían alcanzarla ni los más altos pájaros de la memória."


segunda-feira, 14 de julho de 2008


Conversando com o Beto, lembrei [não que, exatamente, já soubesse antes, mas é do tipo sabedoria popular, dito comum, aliás: óbvio] conversando com o Beto lembrei que quem não consegue decidir a própria vida faz um caos decidindo qualquer vida a dois.


terça-feira, 1 de julho de 2008



O fundo fica por conta da 10ª Sinfonia do Mahler. O quinto movimento, um finale Langsam, schwer, é de uma complacência com a morte linda de se escutar.
[não é um post suicida, mas tem uma dorzinha aqui por me sentir cansado como se tivesse grandes feitos sem ter absolutamente nada]


quarta-feira, 11 de junho de 2008

Café, coca e análise


A caminho de um café candidato ao cotidiano, tudo conspira: uma casa filha-da-puta de velha, a calçada de paralelepípedos filhos-da-puta de fora do lugar, uma rua filha-da-puta de escura. Tombei lindamente [Alexandrino beije meus pés!]. Como me disse Lyanna pouco mais tarde, a partir de certa idade é vergonhoso cair [e isso ela me disse, também!, com base empírica]. Compatível à minha vontade de ficar ali caído babando nas folhas secas da calçada [que tudo nessa época é seco]. Claro que não faltaram os cães latindo: um daqueles pequenos-irritantes [com exceção da Lolita!, um doce literário de cão] e outro daqueles enormes de latido rouco.

Na volta, o outro lado da rua super convidativo, e os cães latindo da mesma forma. Que-vidinha-chata, a deles.


segunda-feira, 9 de junho de 2008



"I could compare my music to white light which contains all colours. Only a prism can divide the colours and make them appear; this prism could be the spirit of the listener."
Arvo Pärt


terça-feira, 27 de maio de 2008



Penélope, querida fiandeira dos tempos, termine logo de tecer essas linhas. Querida e irônica Penélope. Penélope, Pe-né-lo-pe [não, não vou fazer algo meio Nabokov - preciso, aliás, ler esse livro].


sexta-feira, 23 de maio de 2008



Por algum motivo desconhecido, provavelmente precariedade de instalação ou sei lá o quê, o prédio inteiro do Veiga Valle hoje, à hora do nosso ensaio, estava sem iluminação. Foi, então, a orquestra inteira: cada um levando sua cadeira, estante, instrumento, partitura, tudo que fosse cabível para debaixo da mangueira do pátio.
Foi tão bonito, assim que se fez o primeiro compasso da Abertura do Festival Acadêmico [Brahms], o vento levando todas as partituras, que toda orquestra deve ter seu real momento de unidade, mesmo que irreconhecível.


Via Crucis



"Chorou um pouco. Era um belo homem, com barba por fazer e abatidíssimo. Via-se que havia fracassado. Como todos nós. Ele me perguntou se podia ler para mim um poema. Disse que queria ouvir. Ele abriu uma sacola, tirou de dentro um caderno grosso, pôs-se a rir, ao abrir as folhas.
[...]
- Se um dia me suicidar...
- Você não vai se suicidar coisa alguma, interrompi-o, porque é dever da gente viver. E viver pode ser bom. Acredite.
[...]
À porta ele beijou minha mão. Acompanhei-o até o elevador, apertei o botão do térreo e lhe disse: vá com Deus, pelo amor de Deus.
Entrei em casa, fui fechando as luzes, tomei o remédio para dormir. Lembrei que também disse: um dia mato alguém. Não é verdade, não acredito.
Tinha me falado num tiro de misericórdia.
Fiquei fumando, o cachorro me olhava no escuro. Como é que posso ser mãe para esse homem?, pergunto-me e não há resposta.
Não há resposta para nada."


segunda-feira, 28 de abril de 2008



"dizem que: a terra está tão quente e o ar tão seco que os mortos ficam ao meio caminho do céu."




sexta-feira, 25 de abril de 2008



Sentindo Santiago Nasar na pele e segurando as tripas no colo.


domingo, 20 de abril de 2008

do tipo que vai ser totalmente sem graça amanhã.


Raisa: Parei.
Victor: ...
Gustavo: ...

Raisa: ...
Victor: ?
Gustavo: ?

Raisa: ?
Victor: ?
Gustavo: ?

sexta-feira, 11 de abril de 2008



In der düsten Nacht schwebt ein schillerdes Phantom.
Und mein Geheimnis ist vershlossen in mir.
[só para continuar a leva de posts internacionais]




161, 5ª frase:
"Lo fuzilarán a medianoche en el cuartel para que nadie sepa quién formó el pelotón, y lo enterrarán allá mismo."


Pontuações

Relato de racionalização, sentimento ou quaisquer outras baboseiras que se queira acrescentar [coisa que, afinal, anda se fazendo muito].

1- [em resposta a] Que se diga e faça à liberdade que é dada a cada, mas algo é certo: alguma distância atual se deve a fatos momentâneos. Uma amizade de certo-bom tempo perdura "fatos atuais". Quando tudo acabar, pois sim: dizemos que há algo, então quando tudo acabar estaremos aqui, como os sempre-bons-amigos-apesar-de: ombros-choros.

[introdução à pontuação segunda em excertos da Bíblia do Caos, Millôr: 1: fofoca se deve espalhar logo, porque pode ser mentira; 2: quando passar muito tempo sem você saber de alguma fofoca desagradável a seu respeito, verifique bem: você pode ter morrido e esqueceram de lhe comunicar; 3 e mais importante: olha lá: uma fofoca imbecil querendo bancar escândalo.]
2- Chatea pelo levantamento hipócrita de coisas mortas. Chatea pela crença de absurdos ditos por bocas absurdas. Chatea pelo levantamento hipócrita de coisas mortas ditas absurdas por bocas absurdas. Chatea por amizades que soam vivas se minarem, contínuas, desconexas, arrebentadas. Suicídio lento [?] e planejado? Excessivo ócio criativo? Encobrimento de culpas com exaltações para as minhas? Chatea por bocas externas-mortas-sociais dizerem absurdos e os ouvidos [familiares?], vivos, escutarem atentos.

3- Alegra por haver quem seja alheio a isso tudo e diga: quanto aos absurdos, só creio naqueles que saem da tua própria boca.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Só para desabafar como as coisas mudam quando muda a pessoa.
E o quanto isso é revelador, claro.
=]

Lorenzetti e a fonte da verdade

Dormi na queen size da mamãe anteontem. Sozinho em casa, amém.
A torneira do chuveiro pouco aberta, uma goteira insuportável.
Não movi um só pé para me levantar e a fechar.
Que irritação!

Resolvi fazer Música, levantei e fechei a por-ca-ri-a da torneira.

quinta-feira, 27 de março de 2008

desconexão

- Raisa, vamos para São Paulo comigo em maio?
- Vamos!
- Eu falo sério ¬¬.
- Eu também!
- Sério?
- Sério!
- Ah, então tá. Você viu a programação do TacabocanoCD?

terça-feira, 25 de março de 2008

La fossa già scaviam per te, che vuoi sfidar l'amor!
Prima de questa aurora, io chiudo stanca gli occhi per non vederlo più.
Turandot,
Puccini.

terça-feira, 18 de março de 2008

A Sombra confia ao Vento o limite da espera
quando, dentro da noite, reclama o teu amor.
Acorda, vem ver a lua
que dorme na noite escura, que surge tão bela e branca
derramando doçura, clara chama silente
ardendo meu sonhar.
Melodia Sentimental,
Villa-Lobos.

segunda-feira, 10 de março de 2008

trip hop from hell

Eu nunca sonharia que Portishead poderia ser pior em alguma situação.
Inocente, fui, anteontem, colocar o dvd que ele me deu. Que ele. Humming, primeira música.
Humming, meo. Aquela, do primeiro clipe do primeiro dia do primeiro beijo.
Eu nunca sonharia que Portishead poderia ser pior em alguma situação.
Inocente, humming & numb.
Eu nunca sonharia tanta coisa.

segunda-feira, 3 de março de 2008

prévia


Próximo post:

como esse blog perdeu nível & como estou descompassado
ou
como esse blog se tornou algo tipo "diário de uma princesa" & como estou descompassado
ou 
como esse blog virou alguma coisa teen problemas de relacionamento & como estou descompassado
ou 
nem haverá outro post logo [coisa mais provável diante das outras alternativas].



não, não, nada disso.
é vontade de que algo funcione. De que algo nessa nhen de vida dê certo.

mas de quê adianta? nem depende da gente. 
foda


cara, simplesmente não entra na minha cabeça.
COMO?

que bobeira, meo.
essa coisa de levar com humor, ahn, a gente continua tentando.

da minha parte, um pouco de sado-mazô, só pode.


Matéria ingrata

Aquela coisa vai-volta. Ação e reação. Newton, também? Nunca fui bom em física.
A questão é: mão beijada demais nunca funciona. Nunquinha.

Por que simplesmente não se vai vivendo?
indo, sempre se chega a algum lugar. O problema seria esse? Chegar a?

3/4      5/16  
     2/2                            3/4        

                  6/8   

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008


a pessoa sem o que realmente escrever
 vai e enche o blog de abobora sentimental


repeat please2

aquela velha coisa de deslumbre e desalinho

um 3/4, dois  5/16, alguns  2/2, volta num 3/4, passa pra 6/8.
isso chama arritmia cardiaca.


repeat please

Dai que a gente vai levando tudo com certo humor mesmo que negro. Conta que: estou tentando.

tentando & doendo & sindrome Abreu.

que dragoes nao conhecem o paraiso


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

eu nunca me arrependo, entende?
nunca me arrependo de cair de cara.

tem algo errado nisso.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

tutti da capo al fine, assim como deve ser
que a gente realmente vai levando as coisas com certo humor
me auto-destruir, pleonasmo vicioso, vi'cio de linguagem
     veja como quiser, linguagem vi'cio 
lingua vi'cio
lingua boca mente pele vi'cio
veja ai'

Apelo

Aquela coisa boba de vibracao, certo? Bobeiras de vibe, ahn? merda
Ai' que nao sai'a Me and Mr. Jonnes da minha cabeca. Primeira estrofe ainda, acho.

Absoluta certeza que foi por isso. Ondinha errada. Ma's vibracoes. So' pode.
So'.

incenso maome reza thor sacrificio e vela preta buda oxum buzios taro quaquer coisa

Andante ostinato




A gente vai levando, tentando ver as coisas com certo humor.




mas ficar em casa m-e-s-m-o nunca resolve nada
a gente acaba saindo em sol e chuva

Barreiro

Nesses tempos de chuva a gente acaba sem muita sorte [coisa de crendice non sense, para variar: sol humor gente bonita tudo certo beleza pura], e Entao nesses tempos de chuva a gente acaba sem muita sorte.
Desmoronamento, soterramento, desabamento. Terra, terra.
Enfim.

So' que chuva de verao tem essa vantagem: se chove toda e depois sai aquele sol de lascar. Sol de lascar em hemisferio sul, por favor me respeite,
cega queima
arde
irrita doi
cancer
machuca

No final das contas deve ser melhor mesmo e' ficar dentro de casa.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Lembrete-resposta



                              aquele segundo, o que nao se viveu la um pouco atras, aquele segundo se retomou em um deslumbre so


deslumbre e desalinho.


[que essa de andar de coracao certo nao funciona muito desde, ahn, desde]




zero a esquerda em computacao.


[ainda nao consegui colocar os acentos desse teclado]




quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Missa

a questao e: 
sempre se exige mais que se pode,
sempre se pede mais que se deve, 
sempre se cobra mais que o possivel, 
sempre se da menos que se pede, 
sempre se ignora o que se cobra, 
sempre se pode menos que se exige,

sempre falta algo que nao,
bote atras doutro, e
o problema e: 
sempre e preciso, tambem, precaucao: alem de cobrar, pedir, exigir e ignorar, se morre.
Importante.

Isso nuca soa la muito agradavel.

Nota familiar




Quem nunca disse
                       "lar, doce lar", 
por maior que seja essa amargura que trava lingua?




quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Notas visuais

Para registrar a impressao de El Templo Expiatório de la Sagrada Familia.

Sabe aquela cor, um marrom sujo de tempo e desgaste, aquele marrom e aquele formato.
Aquele marrom sujo de tempo e desgaste e aquele formato, ou aqueles formatos que uma mente criativa, ou louca, chame como quiser, ou aqueles formatos que uma mente criativa e louca se repete pouco, aquele marrom sujo de tempo e desgaste e todos aqueles formatos fazem achar:

El Templo se ergue por forca divina.
Nasce do firmamento e sobe ate o azul que e o ceu de Barcelona, mesmo no inverno.
Nasce e diz: entra, olha a grandeza do deus. Reza, confessa, que, quando a ultima beira do Trono na Terra sentir o ar, os arcanjos dos portais soarao as trombetas. Reza, e a besta de sete cabecas surgira' dos oceanos; implora.





O.k., deixando de viagem, que isso foi suficiente para um ano todo: tudo isso seria maravilhosamente assombroso caso eu fosse religioso.
Como nao, =], digo que Gaudi sabe impressionar. Sabe trasmitir a mensagem de fe atraves do seu projeto maximo. Ou que nao de fe, de grandeza. E sabia exatamente o que qualquer um sentiria aos pes da sua obra ainda inacabada: a pequenez do homem.

Agradecimento

Voltando la atras. Muito atras. Ou nem tanto, quase nao escrevo nesse blog. Mas entao, voltando la no primeiro post: ressalto para o fato de eu sempre esquecer.

Pois que milagres acontecem e a unica coisa que faco agora e lembrar.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Nota

Para constar que nunca foi tao feliz escutar a voz de alguém.

Desalinho

Preguiça enorme de postar desde que cheguei no Velho Mundo. Ainda mais com esse teclado sem agudo, til, cedilha etc etc. Agora que achei um teclado COM tudo isso, amém, vou escrever. Estava, sim, procrastinando.

Mas depois de ontem à noite, nao deu.
Dividindo o quarto com outras 11 pessoas, tentando ignorar o ronco de um senhor portugues que faz nao sei o que em um hostel, tentando ignorar o casal de franceses que achava estarem todos dormindo, tentando ignorar tudo isso: a imagem de cada canto de boca, de cada olhar, de cada momento, de cada detalhe vagarosamente buscado na memória. Na melhor as memórias dos últimos tempos.

Porque isso, em volta de tanta maravilha, em volta de Gaudí, Dalí, Calatrava, porque isso é o meu desalinho. Tento nunca repetir títulos, às vezes acho der, mas agora nao deu.

Você é meu desalinho, meu bonito desalinho no primeiro mundo.
 

Miopismos © 2008. Chaotic Soul :: Converted by Randomness