Um geral literário de o que acabei sendo ou tendo para dentro.
Pois que acabou em mim:
Manfred Zackheim, vá para o inferno.
Alec Guideon, está demitido.
Antoine, me tornei estúpido.
Jean-Baptiste Grenoille, devorado de beleza e amor.
Carlos Eduardo da Maia: amo-a, amo-a.
Chicó: só sei que foi assim.
Amaro, tu és meu amor e meu ódio.
A velha, feliz aniversário.
Sou o ovo que se quebra.
Ilana, apague o fogo do meu inferno.
A abolição do eu: a era anterior ao nascimento e posterior à morte.
Sou Alice: que direção devo tomar?
e gato: só depende de onde quer chegar.
- A qualquer lugar.
- Pois que não importa que caminho tomar.
Read the directions. Directly you'll be directed to the right direction.
Sou o ar: me entro nos pulmões neste momento e me torno o mais íntimo que serei de mim.
João da Ega, morte às beatas!
e Maria Monforte: coitado, vai ficar encharcado.
Olívio, fiz pensando em você.
Dom Pedro, por quê fazer o vão da ponte muito maior que a largura do rio?
Macabéa, me predirão casacos de pele e morrerei assim que sair à rua.
Malone: vou consultar meu espírito destinado à ruína e ao fracasso, e o mundo por fim abre seus grandes lábios e me deixa partir.
Quintana,
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las.
Que tristes os caminhos, não fora
A presença distante das estrelas!
E por que não Hagar?: a lua é grande bola de queijo.
Millôr, devora-me ou te decifro.
Pessoa: não sou e, pensando, tenho o trono. Não querendo, desejando, tenho a coroa.
Bento, fui ou não fui?
Eduardo Marciano, faço da interrupção um novo caminho e da queda um passo de dança.
Ulisses, tenho a voz lenta e arrastada por sofrer de vida e de amor, e penso o seguinte:
Sou Lóri, me canso por não parar de ser.
Viramundo: Après moi, lê déluge!, L’État c’est moi, Le leon est lê roi dês animales.
Sou Remedios, a Bela, pessoa mais lúcida desta casa [segundo o coronel Buendía].
Aureliano Babilônia, trago comigo o fim de Macondo.
Sou a friagem, dê-me borboletas e as comerei.
Sou o sol que me seca,
a lágrima para dentro.
O cosimento: a flor de lis.
LXXXVIII.
-
A lembrança já é intoxicante, como você sabe morrer pra viver, gozar sem
nenhuma certeza de conseguir voltar. É preciso não ter garantias, perder a
noçã...
Há 3 anos