Depois de muitos muitos dias, com certeza semanas, meses, me arrisco dizendo anos, nossa querida Lyanna resolve dar uma cantada.
Estávamos no sinaleiro, coisa básica, a caminho de um café qualquer como sempre.
Eis que pára ao lado alguém que por motivo ou outro despertou sentimento em nossa desprecavida personagem. Lyanna pula ao volante, se empolga, anima, olha, olha, "Victor cadê um papel para eu anotar meu telefone e tacar pela janela", "não há nenhum, Lyanna, vai na cantada", pula, pula, olha, descarta a hipótese de ser algo que não hétero
e resolve:
joga o cabelo, coloca cabeça para fora e canta. Definitiva. Certeira.
- Moço, seu carro tem cachorro?
Não, não, muito triste, isso. Definitiva, cabelos tampando o que fosse possível, certeira. Fomos pro café sem restar mais que muitas risadas e a certeza de que, na próxima, ela vai pedir o telefone do carro.