quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Notas visuais

Para registrar a impressao de El Templo Expiatório de la Sagrada Familia.

Sabe aquela cor, um marrom sujo de tempo e desgaste, aquele marrom e aquele formato.
Aquele marrom sujo de tempo e desgaste e aquele formato, ou aqueles formatos que uma mente criativa, ou louca, chame como quiser, ou aqueles formatos que uma mente criativa e louca se repete pouco, aquele marrom sujo de tempo e desgaste e todos aqueles formatos fazem achar:

El Templo se ergue por forca divina.
Nasce do firmamento e sobe ate o azul que e o ceu de Barcelona, mesmo no inverno.
Nasce e diz: entra, olha a grandeza do deus. Reza, confessa, que, quando a ultima beira do Trono na Terra sentir o ar, os arcanjos dos portais soarao as trombetas. Reza, e a besta de sete cabecas surgira' dos oceanos; implora.





O.k., deixando de viagem, que isso foi suficiente para um ano todo: tudo isso seria maravilhosamente assombroso caso eu fosse religioso.
Como nao, =], digo que Gaudi sabe impressionar. Sabe trasmitir a mensagem de fe atraves do seu projeto maximo. Ou que nao de fe, de grandeza. E sabia exatamente o que qualquer um sentiria aos pes da sua obra ainda inacabada: a pequenez do homem.

Agradecimento

Voltando la atras. Muito atras. Ou nem tanto, quase nao escrevo nesse blog. Mas entao, voltando la no primeiro post: ressalto para o fato de eu sempre esquecer.

Pois que milagres acontecem e a unica coisa que faco agora e lembrar.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Nota

Para constar que nunca foi tao feliz escutar a voz de alguém.

Desalinho

Preguiça enorme de postar desde que cheguei no Velho Mundo. Ainda mais com esse teclado sem agudo, til, cedilha etc etc. Agora que achei um teclado COM tudo isso, amém, vou escrever. Estava, sim, procrastinando.

Mas depois de ontem à noite, nao deu.
Dividindo o quarto com outras 11 pessoas, tentando ignorar o ronco de um senhor portugues que faz nao sei o que em um hostel, tentando ignorar o casal de franceses que achava estarem todos dormindo, tentando ignorar tudo isso: a imagem de cada canto de boca, de cada olhar, de cada momento, de cada detalhe vagarosamente buscado na memória. Na melhor as memórias dos últimos tempos.

Porque isso, em volta de tanta maravilha, em volta de Gaudí, Dalí, Calatrava, porque isso é o meu desalinho. Tento nunca repetir títulos, às vezes acho der, mas agora nao deu.

Você é meu desalinho, meu bonito desalinho no primeiro mundo.
 

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