quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Nota metereológica







Depois de tal filhadaputagem, cheguei em casa quase que carregado involuntariamente por essa ventania que abateu a Terrinha. O teclado do computador nesse momento está praticamente vermelho de pó, que essa base morta de cerrado nem pra ser preta ou roxa [e isso ainda seria esperar muito dessa cidade?, que se faz tão própria a terras roxas? absurdo]

E hoje choveu dum tanto que não há muito, apesar do céu aparentemente [aliás: de fato] límpido. Límpido de nuvens porque, como disse, ventou, ventou, ventou e o céu ficou vermelho de coração e poeira.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Precaução

ok.
O Orkut acaba de me predizer uma velhice saudável e com riqueza material.

Só não sei se tenho que começar a tomar cuidado com a rua agora ou daqui a uns anos.

Apanhado

Um geral literário de o que acabei sendo ou tendo para dentro.

Pois que acabou em mim:

Manfred Zackheim, vá para o inferno.
Alec Guideon, está demitido.
Antoine, me tornei estúpido.
Jean-Baptiste Grenoille, devorado de beleza e amor.
Carlos Eduardo da Maia: amo-a, amo-a.
Chicó: só sei que foi assim.
Amaro, tu és meu amor e meu ódio.
A velha, feliz aniversário.
Sou o ovo que se quebra.
Ilana, apague o fogo do meu inferno.
A abolição do eu: a era anterior ao nascimento e posterior à morte.
Sou Alice: que direção devo tomar?
e gato: só depende de onde quer chegar.
- A qualquer lugar.
- Pois que não importa que caminho tomar.
Read the directions. Directly you'll be directed to the right direction.
Sou o ar: me entro nos pulmões neste momento e me torno o mais íntimo que serei de mim.
João da Ega, morte às beatas!
e Maria Monforte: coitado, vai ficar encharcado.
Olívio, fiz pensando em você.
Dom Pedro, por quê fazer o vão da ponte muito maior que a largura do rio?
Macabéa, me predirão casacos de pele e morrerei assim que sair à rua.
Malone: vou consultar meu espírito destinado à ruína e ao fracasso, e o mundo por fim abre seus grandes lábios e me deixa partir.
Quintana,

Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las.
Que tristes os caminhos, não fora
A presença distante das estrelas!

E por que não Hagar?: a lua é grande bola de queijo.
Millôr, devora-me ou te decifro.
Pessoa: não sou e, pensando, tenho o trono. Não querendo, desejando, tenho a coroa.
Bento, fui ou não fui?
Eduardo Marciano, faço da interrupção um novo caminho e da queda um passo de dança.
Ulisses, tenho a voz lenta e arrastada por sofrer de vida e de amor, e penso o seguinte:
Sou Lóri, me canso por não parar de ser.
Viramundo: Après moi, lê déluge!, L’État c’est moi, Le leon estroi dês animales.
Sou Remedios, a Bela, pessoa mais lúcida desta casa [segundo o coronel Buendía].
Aureliano Babilônia, trago comigo o fim de Macondo.
Sou a friagem, dê-me borboletas e as comerei.


Sou o sol que me seca,
a lágrima para dentro.
O cosimento: a flor de lis.

domingo, 14 de outubro de 2007

Nota mental

Nunca mais ir ao Zampollo com Raisa, Bruno e Parker. Não que não tenha sido agradável.
Mas é que eu planejo me casar e mudar pro interior da Alemanha, cuidar de porquinhos e crianças rosadas.
Porque no final das contas a gente cantou para todos que quisessem e não quisessem escutar Sandy e Júnior, todos - T O D O S - os hits-disney [inclusive entoei lindamente o hit-maléfico Úrsula, de A Pequena Sereia. E muitas mesas em volta, muitas], todos os funks mais antigos do Brasil, Forró, Sertanejas, Britney, enfim. Tudo que você não pode cantar num lugar como o Zampollo.

Depois nem posso reclamar da falta de pessoas. Numas andanças como essa... posso reclamar não.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Ponte Bonn - Primário

Só a título de observação:

Não é que na quarta que vem, dia 17, se não me engano, uma pupilo de míseros 11 ou 12 anos, não sei bem, tocará o Pianokonzert no.1 do Beethoven com a gente? medinho dela.

Às 20:30, Teatro Goiânia, como sempre.

Lyanna em: A Ferrugem

Depois de muitos muitos dias, com certeza semanas, meses, me arrisco dizendo anos, nossa querida Lyanna resolve dar uma cantada.

Estávamos no sinaleiro, coisa básica, a caminho de um café qualquer como sempre.
Eis que pára ao lado alguém que por motivo ou outro despertou sentimento em nossa desprecavida personagem. Lyanna pula ao volante, se empolga, anima, olha, olha, "Victor cadê um papel para eu anotar meu telefone e tacar pela janela", "não há nenhum, Lyanna, vai na cantada", pula, pula, olha, descarta a hipótese de ser algo que não hétero
e resolve:
joga o cabelo, coloca cabeça para fora e canta. Definitiva. Certeira.

- Moço, seu carro tem cachorro?

Não, não, muito triste, isso. Definitiva, cabelos tampando o que fosse possível, certeira. Fomos pro café sem restar mais que muitas risadas e a certeza de que, na próxima, ela vai pedir o telefone do carro.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

The question is

Já deixando a língua da rainha para trás, passando a perna em Shakespeare, travando a língua de Hamlet.
Porque no final das contas "ser" não nos é condicional, amém, mas o que fazer disso é um problema.

Vamos então adotar Sabino:


o diretor do lugar ia dizendo ao grande mentecapto, que acabara de entrar para o hospício:

"Qual a sua encarnação? Napoleão ainda devemos ter uns três ou quatro. Temos também um que é grão de milho, não pode ver uma galinha foge correndo. E tem outro que é justamente a galinha, vive a perseguir o pobre grão de milho, cacarejando. Tem um que é uma cafeteira, passa o dia inteiro com um braço na cintura e outro pra cima. Mas não serve ninguém, acho que está vazia. Dom Pedro Segundo temos dois. O último morreu de tanto grito do Ipiranga que deu. Não escolha Tiradentes, que o último que tivemos acabaram enforcando. Foi preciso que Caxias, O Pacificador, viesse botar ordem nessa joça, que isso aqui estava uma loucura, se me permite a redundância, hihihi. Vou lhe dar um conselho: seja coisa, não seja gente. Coisa é muito melhor. Uma coisa bem macia, fofa... Uma nuvem, por exemplo. Eu vou lhe contar um segredo, peço que não conte a ninguém. Quando vim para cá, minha intenção era ser uma nuvem, mas não pude porque tinha que andar pelado e isso era incompatível com minha condição de Diretor. Já imaginou uma nuvem de calças? Hihihi."

Sabe: travando a língua do Víctor, essa é a verdade.
Mas estou em dúvida ainda.

domingo, 7 de outubro de 2007

Notas segundas de fim de dia

Querido diário: hoje não gastei 450 reais porque deus ajuda na hora da tentação.

*

Perdi a inscrição da federal. Meu próximo ano será apenas meu, meu, meu. Só não tenho certeza de quão bom isso me pode ser.
Agora é arrumar o mais rápido possível minhas passagens pra Europa, meu Essenfelder e juízo.

*

"De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro."

*

"Não sou nada. [...] À parte disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Ponte New York - Bonn

Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás.
Maestro Eliseu Ferreira.

04/10/2007

Repertório:
- Sinfonia no. 7, L. van Beethoven.
- Rhapsody in Blue, G. Gershwin. *Solista convidada: Éricka Vilela, piano.


Vai ser bom.

Pérolas

Sair do Classe agora nesse fim de ano e entrar no Sigma realmente me deu ares de graça. Literalmente.

Envolta num constante clima de asneiras, a minha sala nova.
Já escutei de uma menina que na Rússia se fala alemão [se vc chegar lá falando russo mesmo eles vão te olhar com cara feia, tenha certeza]. Já teve professor de história anulando questão minha quando eu respondi que não houve participação popular no ato da Independência [?]. Outro que perguntou quais eram as características em comum das Revoluções Burguesas [b-u-r-g-u-e-s-a-s].
Mas certo diálogo merece destaque. Fiquei só escutando.

Weasley: - Nossa, imagina só você e seu namorado na Torre Eiffel... Ah nem, ela já tá meio torta e, do jeito que vcs trepam, vão terminar de acabar com ela.
Fernanda: - Er seu burro, a torta é a de Pizza. A Eiffel fica em Paris também, mas é aquela vermelha.
Quem cala consente, entrei na conversa:
- Der, a de Pizza que é a vermelha, e a Eiffel não fica "também" em Paris: fica em Berlim.

Magnífico, isso de estudar lá.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Notas de fim de dia

Me veio que, talvez, dez por cento de mim seja praga para toda minha árvore genealógica. Ou talvez eu ainda esteja errado.

*

Sorte de hoje no orkut: você é perspicaz.
Não é comentário que se faça, não. E espero que essa sensação de temporalidade por ser minha "sorte de hoje" - bastante ênfase no "hoje" - seja só impressão.

*

Juro que: só estou terminando essa merda de terceiro ano porque verei Björk no fim de outubro. Porque my heart is so broken, porque o tédio desse momento poderia me fazer explode this body of me. E então ela vai chegar e fazer zing buum. I'll ring the bell, be at the top of the mountain, and i'll overcome, because she's my secret code carved, she is my pagan poetry, and i do: i believe in dreams and can't stand the wait.
 

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