quinta-feira, 3 de dezembro de 2009


depois de tanto tempo, volto a postar num impulso um tanto bobo, admito. É que apesar de aparente tranqüilidade se passa tanta coisa pelas nossas cabeças. Sempre é assim, nada de novidade. O que aconteceu foi o seguinte:
Mariana semana passada queria tanto que eu iluminasse nossa árvore de natal. Comprei, mesmo sem poder, ando devendo meio mundo, rs, as luzinhas; coloquei todas, super cansativo, imagina só, aquilo dá um trabalho de verdade!, mas nossa casa está linda linda. Depois, todo mundo foi dormir. Peguei então uma xícara de café, que nem mais me tira o sono, e sentei no tapete da sala, de onde podia ver a árvore, que ficou bela, as plantas da sacada brilhando, todas iluminadas, assim como a porta da varanda. De canto, ainda podia ver o portal do corredor, onde colocamos uma pequena guirlanda. Tudo iluminado e nenhuma luz acesa. Foi quando pela primeira vez vislumbrei tudo por um prisma que ainda não me tinha vindo: nessas todas decisões de vida que andei passando por, estudar fora de Goiânia, traçando metas, ter aula com fulano, com beltrano, juntar dinheiro para fazer tal coisa, masterclasses não sei onde, curso de verão em tal lugar, enfim, pela primeira vez eu entendi que optei por não ver minhas irmãs crescerem, mesmo sem perceber. Deu um aperto enorme no coração. Optei por não as ver crescer. Assim como mamãe. Vou as ver estar. Não ficando. E me faz tanta diferença. Sei que de certa forma é exagero. Vou estar aqui todo fim de semana possível. Férias. Mas reclamar que não quero ir pegar a Mariana na escola é tão gostoso. Brincar com a Gabriela por causa do namorado novo é ótimo. Deitar na cama da minha mãe enquanto ela faz palavras cruzadas me deixa feliz. Todas essas coisinhas do dia que enchem a gente, seja lá do que for. Alegria, cansaço, tristeza, rotina, presença. Sou um manteigão de vez em quando, não tenho como negar, rs. Enfim, tocando a vida, fazer o quê. Não posso casar as meninas para depois prestar vestibular. O que é um saco, porque eu bem queria, rs. 
Enquanto escrevo, assisto a 6a. do Mahler. Abbado sendo o gênio que é, emocionado sempre com música, que mais se deveria pedir de um maestro tão fantástico. Fico olhando essa emoção toda e imagino o que se passa pela memória dele. O que ele deixou para trás. Será que ele estava com a mãe quando ela envelheceu? Ou só sentia de longe a alegria de mãe pelo filho satisfeito? É isso que se passa quando rege o último movimento? Os hammers misteriosos do final da 6a. sinfonia. Tudo de cor, como quem sabe o que vai sentir com cada trecho e se deixa saber e passar por tudo aquilo, mesmo que de novo e de novo, não se precisa de um gráfico para lembrar isso que vem de dentro. Se sabe o que sentir, se sabe o que reger. Mesmo que cada vez seja diferente da última.

Não deveria pensar nessas coisas por agora. Ainda nem fui aprovado. Ainda tenho tanto a estudar, fazer, ler, 
1, 2, 3, 1, 2, 3, 4, 1, 2, 1, 2, 3, 4, 5, 1, 2, 1, 2, 3, diz o final da Sagração, e nessa a gente vai indo, descompassado. 
Enfim, queria gostar menos. E isso é o que menos quero, rs. 
Blábláblá, chega de baboseira sentimentalóide por hoje. Manteiga manteiga, rs.


segunda-feira, 26 de outubro de 2009



É nessa época do ano que sol-fim-de-tarde bate no meu quarto (agora em tempo de verão, sol-início-de-noite). Então me fecho nele e fumo um cigarro, só para ver os raios amarelos que se formam através das grades. Um cigarro é mentira, venho pro quarto e fico por aqui esperando que a semana passe e faça seu trabalho. Sozinha. 
e Transbordando porque ainda tenho um cinzeiro solitário, mas, como se diz, o final de semana está aí, rs. Sorriso, right on the corner of my mouth, sorriso de lembraça. Há muito tempo disse que só fazia esquecer, lá no comecinho, bem dos primeiros posts. Ainda acontece, rs, verdade, eita cabeça ruim, but just not the same subject. Depois, há algum tempo, disse que só fazia lembrar, pff. Enquanto viajava. Dois anos, quase. 
No momento, só faço viver, porque agora não o faço só para mim. Precisa-se de mais algum motivo para? Só só esse. Ir indo e ir indo não do jeito que se vai indo com a barriga, nah, nah, do jeito que se vai indo com sorriso mesmo, com um contentamento esquisito. Com borboletas no estômago, de ser sempre um susto alegria, de todo dia ser não só mais um. 
Sorriso de orelha a orelha.




quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Rápidas brasilienses

Compreendo se alguém, algum dia, enlouquecer completamente, pirar, despirocar (ops, essa talvez melhor não, rs), enfim, ficar completamente fora de si durante uma prova de teoria. Sem culpa para as questões relativamente simples, mas putaqueopariuquemerda aquele povo solfejando à volta "Cai cai balão" sem parar pra tentar escrever a porcaria numa pauta vazia, que aquilo é muitíssimo complicado, rs. Primeira nota dada. Saí correndo daquele auditório.

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Com o carro frente ao Teatro Nacional, pensei: se para chegar à entrada se desce uma estreita escada em espiral, deus!, como se chega ao palco?

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Pi e Victor lêem (blablabla pra norma) em manchete: "Seria milagre? Madonna engravidou de Jesus?"

Victor: como se chama?
Pi: incesto, rs.

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Expressas como a L2. Beijos!



sábado, 15 de agosto de 2009



A pérola da noite ficou por conta de brincadeirinha já recorrente: criar tempos verbais impossíveis. Havia dizendo, houvera estando, havendo tido, blablabla, chegamos em havendo estara. Na hora a gente não reparou que estara não existe, rs, que o correto seria estivera, mas enfim, nos divertimos horrores pensando que esse seria o nome ideal para a próxima filha de Baby Consuelo. Havendo Estara. Com Sarah Sheeva, Zabelê, Nana Shara, Kriptus Rá Baby, Krishna Babye e Pedro Baby, formamos um grupo totalmente harmônico. Beijos, Baby, sem essa não haveríamos tendo essa inspiradora e fantástica luz. 

(cadê o conteúdo, Victor, o conteúdo?, rs.)


quinta-feira, 13 de agosto de 2009



Descobrir que vou ter que reger uma peça para coral não me deu muito medo. Tocar o violino está super ok. A teoria, em vias de ficar super ok também. Solfejo, ditado rítmico, blablabla. Mas meu-deus, como tenho medo do piano. 

O P I A N O
[voz de Galadriel transtornada-possuída]

todas aquelas teclas, fico me lembrando do piano por dentro, aqueles mecanismos todos, a idéia na realidade é quase simples, assim como é simples todas as notas estarem ali prontinhas na sua frente, só esperando serem tocadas, só esperando, rs, que alguém as toque de forma genial, que dali se escute música. Mas também estão lá todos aqueles martelos, aquele tanto de corda, os pedais, os afinadores, pensa afinar 88 notas, ai credo, algumas triplicadas para que a nota soe, enfim, tudo ali esperando que se toque, que se toque
estou com medo pela primeira vez desde que tomei minha decisão.


quarta-feira, 12 de agosto de 2009



ah, explicação: 
a imagem é Maria Callas fotografada como Medea, ópera do italiano Cherubini. 
Medea era netinha querida do deus Helios, filha do Rei da Cólquida, blablabla. Paga de boa moça, até que, quando impedida por seu pai de se casar com Jasão [Hera deu um jeitinho de convencer Eros a fazer cair de amores, rs], quando impedida fugiu com o rapaz, esquartejou o irmão e o espalhou, a fim de atrasar o pai em sua busca, sabendo que ele procuraria todos os pedaços para que houvesse uma sepultura decente. Depois disso, acontece um monte de coisinha, picuinha dos deuses, rs, e Jasão a trai. Tsc tsc, Medea louca mata os filhos que tiveram juntos. 
Enfim, she gets her revange. 
Callas bem que queria ter dito a dela jogando a Jacqueline Kennedy dum penhasco. Se não fosse de antes de Onassis a ter trocado, pff, certeza que era nisso que ela estaria pensando no exato momento da foto. 




Hoje compreendi bem as donas de casa, que se correm arrumadeiras pela sala-cozinha-quarto, e então descobri um novo prazer: lavar a louça. Estou precisando mesmo é descobrir prazer em arrumar meu quarto, que aquilo anda uma bagunça total; dizem que nosso quarto é um reflexo da gente por dentro, me rio [e como fica feia essa conjugação!, caramba], estou danado da vida se for verdade, rs, se bem que minha estante está bem organizada, a coloquei em ordem esses dias, as únicas coisas bagunçadas são as contas que saem de todo lugar, debaixo da cama, entre livros, no corpo do violino, rs, e os papéis de maquete que restaram da arquitetura, talvez fiquem lá por um tempo para eu me lembrar que não tenho problema algum com ela, que eu até gostava de fazer maquetes por mais chatas que elas fossem, e que também é um desperdício eu deixar de me expor ao mundo como arquiteto, rs. Mas enfim, a coisa de lavar a louça, penso fazer parte de um se acostumar. É o que estou tentando: me acostumar, acostumar a ficar d'alma manca durante a semana, ou como Donana Cabriola, uns bons meses de post para trás, que deu um suspiro tão profundo que passou a andar encurvada, adoro essa imagem, faz parte de um conto fantástico da tia Augustinha, enfim, tudo parte de um se acostumar provisório, espero, que ano que vem chega rápido assim como esse estava vindo passou e daqui pouco se acaba. 
Estou sentando me forçando escrever algo, me combinei isso para tentar certa manutenção aqui, diz Lyanna que meu blog merece mais atenção, e a Lyanna não é um alter-ego, quero deixar claro pois ela tanto aparece por aqui, mas duvido ser algum leitor esteja sem esse conhecimento, não divulgo blog, então a explicação se torna desnecessária, rs.
O que de mais importante aconteceu nessa semana foi um longo período de entretenimento na wikipédia, algo que espero se tornar um vício-passatempo, que aquilo é bom demais, gente. Aprendi tanto da cultura fínica, Sibelius [aaah!], Fennoman, Svecoman, que o finlandês não tem futuro como tempo verbal, uma loucura, só se fala de presente e passado, pessoal saudosista, rs, enfim. 
Também descobri que meus planos são um pouco mais complicados que pensava. Grande surpresa, não sempre o são?


sábado, 1 de agosto de 2009



Olha, que o mundo anda girando girando por aí em torno de si, em torso de si, ou do sol, enfim, todo por aí entediado e cheio do próprio peso há algum tempo não é segredo pra gente, rs, a quem só cabe acreditar, nós-simples-nada-cientistas, 

e vamos acreditando e acreditando, Lyanna esses dias disse da beleza das estrelas brilhando mortas no céu, uma beleza de metáfora, mesmo que comprovada, fonte bem confiável, coisa mais linda, e as vermelhas nem eram as mais quentes, rs, todas se podendo dressed to kill, enfim, que importa, mortinhas mortinhas, 
e ainda dizem que não precisamos nos preocupar com as coisas que andam vivas por aí e sim com as já passadas, mas enfim, que o mundo anda girando por aí todo certo de si e, ainda pior, certo de que vai continuar se girando até que o bom deus resolva soltar a prostituta da Babilônia por aí [me corrija, Lyanna, minha única amiga que teve a decência de ler a Bíblia, rs, caso esteja errado] e fazer soar a anunciação [falar em anunciação não aguento mais escutar as de noiva, tocar em casamento pra tirar um extra, pff, tirando mesmo é meu sério], enfim, é, talvez, a única coisa que a gente pode ter tanta certeza, digo incluindo um grupo de certezas científicas, mesmo assim vai saber, vou bater na surrada tecla de que há um tempo certeza era que a Terra era plana e o horizonte era uma queda d'água sem fim, uma imagem tão bonita que dá pena sua falta de verdade, que há um tempo certeza era que a Terra era o centro do universo, pessoal egocêntrico, rs, 

e eu ainda ousei com tanta convicção no dia 15 de maio deste ano [deu tanta vontade de escrever dêste, acho farmácia com ph um mimo], ousei dizer que continuaria minha vida como estava, ousei achar que conseguiria manter estabilidade, mas aquele pinga-pinga irritante do 8 de abril de 2008 aqui, pingando-pingando, todo na consciência de que água mole em pedra dura tanto bate até que fura, porque hoje me sinto popular, rs, e então se continuou pingando até que um momento de lucidez, mesmo que uma lucidez explosiva, pois havia de ser explosiva ou se resignaria num primeiro feixe de luz, o momento de lucidez veio, num impulso mas num impulso definitivo, espero, porque agora talvez não haja mais tempo para dúvidas, hoje estou popular adolescente, rs, mas sempre lembrando que além de mortas-estrelas brilhando numa brincadeirinha de deixar vivas lembranças, também existem wormholes, blackholes, 
a quantidade infinda de holes por aí tão traiçoeiros, mas enfim, isso fica por conta das miniaturazinhas de idéia e pensamento que tanto se chama de maquete, blablabla, nunca mais quero encostar a mão num papel triplex por conta de faculdade alguma, resumindo é isso, vou ficar rico e comprar a batuta do Mahler, deve estar em algum museu da Áustria mas eu compro, e sair regendo por aí, porque hoje estou popular adolescente inocente, 
acreditando tudo dar certo, o feche de luz lá atrás passando por um cristal e se abrindo num leque de vida, ahm, não sou certo dessas coisas todas de física, volto a mim:
ok, não conto com tanta boa vontade desse mundo ocupado em se achar no próprio eixo, e então sair regendo por aí ainda que uma orquestra imaginária, aqui dentro da cabeça, e vou ser um tanto piegas agora mas vou ter que admitir que, mesmo nessas circunstâncias, vou ser um tanto feliz.



segunda-feira, 20 de julho de 2009


Era por fragilidade de corpo, tinha os ossos bem fracos, era por fragilidade de corpo que mantinha seu santuário de segredos.
Acordava de manhã, se levantava e olhava a imagem refletindo simples no espelho. E pensava o quanto era secreta. Então escovava os dentes de cigarro para se sentir mundana, 
e ia para o ponto de ônibus.


segunda-feira, 13 de julho de 2009


"Quando chegares a minha idade, 
terás perdido quase por completo a visão. Verás a cor amarela e sombras e luzes. 
Não te preocupes. 
A cegueira gradual não é uma coisa trágica. É como um lento entardecer de verão."

Borges, O livro de areia






Já há tempo venho pensando em, já há tempo havia havendo (rs, para Pi e Beto), mas me demorei até sentar e escrever (todo na pretensão chamando isso de produção escrita, ah, me poupa Victor). Enfim,
tente, vai olhando pro longe, deixando que se perca a vista, saindo de foco, ficando mais fora de.
Acontece que as coisas vão se pincelando, pouco a pouco, meio Monet; e tudo vira plano, uma tela, bela tela, e então se pode, ao menos se sente poder, então se pode olhar tudo como espectador. Mero espectador. 
Não é que as coisas estejam ruins (contrário, ando um deslumbre!), mas adquiri o hábito/vício de ver aqui lá, meio de longe, meio de canto de olho. Mas só de vez em quando, como por diversão, rs. Enfim, nada sério e bem sem ponto.



sábado, 13 de junho de 2009



À Aline, que, diz-se, só citava.
(à Aline mas não no que tange à temática, Nine fofa mais linda que tá em casa estudando)

"A estrada subia muito. A estrada era mais bonita que o Rio de Janeiro, e subia muito. Mocinha sentou-se numa pedra que havia junto de uma árvore, para poder apreciar. O céu estava altíssimo, sem nenhuma nuvem. E tinha muito passarinho que voava do abismo para a estrada. A estrada branca de sol se estendia sobre um abismo verde. Então, como estava cansada, a velha encostou a cabeça no tronco da árvore e morreu."
O grande passeio, Felicidade Clandestina.

Meio piegas. [para não apagarem meu blog, rs].


sexta-feira, 15 de maio de 2009


Então, por causa do último post firmei contrato com a Arcor.
Mas enfim, o que interessa: conversando com o maestro Emílio de César (rápida biografia), por um acaso pai da minha professora de piano/música de câmara, escutei "largar Arquitetura, nunca!". A luz veio de cima.
Agora é ir adiante com planos: montar meu quarto de estudos, vai ficar lindo!, computador, estantes, prancheta, piano, ai, e pegar o piano pra estudar de verdade, já que ele me colocou uma meta de Estudos do Chopin e Sonatas do Beethoven (!)

quarta-feira, 6 de maio de 2009



que nem precisava de mais, pero bien, que se pasó:
Eu estava assistindo Turandot ontem, pois ando compulsivo com, fumando a cigarrilha de mel que comprei já pensando em tal fim, uma delícia. Tudo indo muito bem, gira la cote, aquela coisa toda.
Então no final aqueles aplausos todos, uma salva para Plácido Domingo, que Ignoto!, outra para Leona Mitchel, melhor Liù que já escutei. Quando entra Eva Marton o teatro cai aos seus pés, a câmera abre, aparece o teatro, e ela recebe uma chuva de flores. E eu começo a chorar.
A questão é: por saber que não vou me realizar de tal forma ou por a arquitetura do Metropolitan Opera House de NY ser linda?
um pirulito pra quem adivinhar.

p.s.: nem falo das traças do blog que é capaz de se organizarem num motim.


terça-feira, 24 de março de 2009


Theatro S. Joaquim
Empresa Recreio Goyano
CINEMATOGRAPHO PATHÈ FRÊRES
Estrèa-Hoje-Estréa
A's 8 horas da noite, com um program-
ma explendido e magnifico
Variadas fitas
COMICAS,
DRAMATICAS E
PHANTASTICAS
As Exmas. familias que quiserem
poderão mandar cadeiras para
as galerias
Entradas:
Geral: 2.000
Cadeiras: 3.000
OS BILHETES ACHÃO-SE Á VENDO
NA PHARMACIA S.DOMINGOS E NAS CA-
SAS DOS SRS. FELIPPE BAPTISTA, FRAN-
CISCO DE BASTOS E BICHARA SADDI.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Indeed


Então, estava andando pelo setor Oeste, passando numa daquelas ruazinhas que não sei nomear. Dobro a rua e, sentado, um rapaz na cadeira muito bem colocada na esquina, sentinela, na camiseta sou fiel, sou de deus, alguma coisa assim, um novo testamento daqueles pequenos azuis na mão, lendo alto, porém para si, esperando, esperando o quê, Eu. 

Pressenti. Tentei passar silencioso, rápido, despercebido. Rá!, passei. Quando levei a mãe à testa, alívio, psiu!, moço volta aqui, deixa eu falar com você. Sou uma pessoa educada, voltei.

Jesus te ama (oO). Os olhos fixos no meu nariz. Jesus te ama. (AAAAAH, meus piercings clamando perdão). Engraçado que só estava passando por ali por estar voltando do banco, tinha acabado de ter a prova que multiplicar coisas não dá, fazer algo virar vinho, pff, dinheiro então quem dera. Jesus te ama (pô, Jesus podia ser meu gerente do Banco Real). Leva sua família também pra igreja. A volta de Jesus está próxima. Ele ainda pode te acolher, você ainda pode ser salvo. Ele olhava tão piedosamente pra mim que a única coisa que pude fazer foi dizer: obrigado.

Ele, provavelmente, achando que aceitei Jesus em meu coração, Eu agradecendo por ele ter me dado um post de graça, nesses tempos em que ando com a cabeça tão em outro lugar que nem penso em blog.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009



Sabe, você parece estar tão sóbria. Tão absorta em realidade, eu disse. 
- Que nada, estou mesmo é fugindo dela.

Ah, ela está tão sóbria. Tão absorta em realidade. 



sábado, 17 de janeiro de 2009

Em resposta: o verão





Depois de três longos meses desde o último post que fiz, 36.519 moscas e 732 bolotas de feno ao melhor estilo western. Aqui estou, sentado na sacada por adorar um wi-fi, o sol já caindo de lado bem do jeito que deixa meu olho esverdeado. Esse verão foi bem melhor que o passado. Bem como pedi: sem tormenta, desmoronamento e tempestades (perdão aos catarinenses). E tem tanta coisa que nem sei bem por onde começar a dizer. Não que realmente haja tanta coisa assim, mas ainda há certa desorganização em minha mente quanto a. Ok.





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Deitado na rede, ainda em Brasília, me lembrei de algo. Lembrança antiga, mas daquelas que sem se ver ficam guardadas com tanto carinho. Estávamos eu e minha mãe aguardando férias para ir a Goiás, como sempre. Quem já estava entre o brilho dourado da serra dizia só haver chuva e almôndegas, que a bisa sempre pede à cozinheira. Quando finalmente chegamos, não havia sinal d'água. Fazia aquele céu lindo tão raro de se ver, sem nuvem alguma, tão azul quanto meu daltonismo (que exagero!) me permitiu perceber. E aí a bisa nos disse vocês trouxeram o sol, com olho calmo e expressão serena de entendimento: há sempre quem nos traga sol.

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Decidi me dedicar o máximo possível agora. A tudo, na verdade, mas a faculdade grita.
Veja bem: desperdicei um ensino médio que poderia ter sido fabuloso por emaranhado caótico de vida (não que esse emaranhado não me persiga até hoje), perdi PAS, perdi um vestibular por estar viajando e fugindo, como ainda tento fugir, perdi a chance de ser um exímio violinista por no começo desenvolver muito rápido e ficar acomodado achando que teria 14 anos pra sempre.
Não vou fazer a mesma coisa com a Arquitetura.

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Ok de novo. Não consigo escrever decentemente agora, tento depois.



 

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