sábado, 15 de agosto de 2009



A pérola da noite ficou por conta de brincadeirinha já recorrente: criar tempos verbais impossíveis. Havia dizendo, houvera estando, havendo tido, blablabla, chegamos em havendo estara. Na hora a gente não reparou que estara não existe, rs, que o correto seria estivera, mas enfim, nos divertimos horrores pensando que esse seria o nome ideal para a próxima filha de Baby Consuelo. Havendo Estara. Com Sarah Sheeva, Zabelê, Nana Shara, Kriptus Rá Baby, Krishna Babye e Pedro Baby, formamos um grupo totalmente harmônico. Beijos, Baby, sem essa não haveríamos tendo essa inspiradora e fantástica luz. 

(cadê o conteúdo, Victor, o conteúdo?, rs.)


quinta-feira, 13 de agosto de 2009



Descobrir que vou ter que reger uma peça para coral não me deu muito medo. Tocar o violino está super ok. A teoria, em vias de ficar super ok também. Solfejo, ditado rítmico, blablabla. Mas meu-deus, como tenho medo do piano. 

O P I A N O
[voz de Galadriel transtornada-possuída]

todas aquelas teclas, fico me lembrando do piano por dentro, aqueles mecanismos todos, a idéia na realidade é quase simples, assim como é simples todas as notas estarem ali prontinhas na sua frente, só esperando serem tocadas, só esperando, rs, que alguém as toque de forma genial, que dali se escute música. Mas também estão lá todos aqueles martelos, aquele tanto de corda, os pedais, os afinadores, pensa afinar 88 notas, ai credo, algumas triplicadas para que a nota soe, enfim, tudo ali esperando que se toque, que se toque
estou com medo pela primeira vez desde que tomei minha decisão.


quarta-feira, 12 de agosto de 2009



ah, explicação: 
a imagem é Maria Callas fotografada como Medea, ópera do italiano Cherubini. 
Medea era netinha querida do deus Helios, filha do Rei da Cólquida, blablabla. Paga de boa moça, até que, quando impedida por seu pai de se casar com Jasão [Hera deu um jeitinho de convencer Eros a fazer cair de amores, rs], quando impedida fugiu com o rapaz, esquartejou o irmão e o espalhou, a fim de atrasar o pai em sua busca, sabendo que ele procuraria todos os pedaços para que houvesse uma sepultura decente. Depois disso, acontece um monte de coisinha, picuinha dos deuses, rs, e Jasão a trai. Tsc tsc, Medea louca mata os filhos que tiveram juntos. 
Enfim, she gets her revange. 
Callas bem que queria ter dito a dela jogando a Jacqueline Kennedy dum penhasco. Se não fosse de antes de Onassis a ter trocado, pff, certeza que era nisso que ela estaria pensando no exato momento da foto. 




Hoje compreendi bem as donas de casa, que se correm arrumadeiras pela sala-cozinha-quarto, e então descobri um novo prazer: lavar a louça. Estou precisando mesmo é descobrir prazer em arrumar meu quarto, que aquilo anda uma bagunça total; dizem que nosso quarto é um reflexo da gente por dentro, me rio [e como fica feia essa conjugação!, caramba], estou danado da vida se for verdade, rs, se bem que minha estante está bem organizada, a coloquei em ordem esses dias, as únicas coisas bagunçadas são as contas que saem de todo lugar, debaixo da cama, entre livros, no corpo do violino, rs, e os papéis de maquete que restaram da arquitetura, talvez fiquem lá por um tempo para eu me lembrar que não tenho problema algum com ela, que eu até gostava de fazer maquetes por mais chatas que elas fossem, e que também é um desperdício eu deixar de me expor ao mundo como arquiteto, rs. Mas enfim, a coisa de lavar a louça, penso fazer parte de um se acostumar. É o que estou tentando: me acostumar, acostumar a ficar d'alma manca durante a semana, ou como Donana Cabriola, uns bons meses de post para trás, que deu um suspiro tão profundo que passou a andar encurvada, adoro essa imagem, faz parte de um conto fantástico da tia Augustinha, enfim, tudo parte de um se acostumar provisório, espero, que ano que vem chega rápido assim como esse estava vindo passou e daqui pouco se acaba. 
Estou sentando me forçando escrever algo, me combinei isso para tentar certa manutenção aqui, diz Lyanna que meu blog merece mais atenção, e a Lyanna não é um alter-ego, quero deixar claro pois ela tanto aparece por aqui, mas duvido ser algum leitor esteja sem esse conhecimento, não divulgo blog, então a explicação se torna desnecessária, rs.
O que de mais importante aconteceu nessa semana foi um longo período de entretenimento na wikipédia, algo que espero se tornar um vício-passatempo, que aquilo é bom demais, gente. Aprendi tanto da cultura fínica, Sibelius [aaah!], Fennoman, Svecoman, que o finlandês não tem futuro como tempo verbal, uma loucura, só se fala de presente e passado, pessoal saudosista, rs, enfim. 
Também descobri que meus planos são um pouco mais complicados que pensava. Grande surpresa, não sempre o são?


sábado, 1 de agosto de 2009



Olha, que o mundo anda girando girando por aí em torno de si, em torso de si, ou do sol, enfim, todo por aí entediado e cheio do próprio peso há algum tempo não é segredo pra gente, rs, a quem só cabe acreditar, nós-simples-nada-cientistas, 

e vamos acreditando e acreditando, Lyanna esses dias disse da beleza das estrelas brilhando mortas no céu, uma beleza de metáfora, mesmo que comprovada, fonte bem confiável, coisa mais linda, e as vermelhas nem eram as mais quentes, rs, todas se podendo dressed to kill, enfim, que importa, mortinhas mortinhas, 
e ainda dizem que não precisamos nos preocupar com as coisas que andam vivas por aí e sim com as já passadas, mas enfim, que o mundo anda girando por aí todo certo de si e, ainda pior, certo de que vai continuar se girando até que o bom deus resolva soltar a prostituta da Babilônia por aí [me corrija, Lyanna, minha única amiga que teve a decência de ler a Bíblia, rs, caso esteja errado] e fazer soar a anunciação [falar em anunciação não aguento mais escutar as de noiva, tocar em casamento pra tirar um extra, pff, tirando mesmo é meu sério], enfim, é, talvez, a única coisa que a gente pode ter tanta certeza, digo incluindo um grupo de certezas científicas, mesmo assim vai saber, vou bater na surrada tecla de que há um tempo certeza era que a Terra era plana e o horizonte era uma queda d'água sem fim, uma imagem tão bonita que dá pena sua falta de verdade, que há um tempo certeza era que a Terra era o centro do universo, pessoal egocêntrico, rs, 

e eu ainda ousei com tanta convicção no dia 15 de maio deste ano [deu tanta vontade de escrever dêste, acho farmácia com ph um mimo], ousei dizer que continuaria minha vida como estava, ousei achar que conseguiria manter estabilidade, mas aquele pinga-pinga irritante do 8 de abril de 2008 aqui, pingando-pingando, todo na consciência de que água mole em pedra dura tanto bate até que fura, porque hoje me sinto popular, rs, e então se continuou pingando até que um momento de lucidez, mesmo que uma lucidez explosiva, pois havia de ser explosiva ou se resignaria num primeiro feixe de luz, o momento de lucidez veio, num impulso mas num impulso definitivo, espero, porque agora talvez não haja mais tempo para dúvidas, hoje estou popular adolescente, rs, mas sempre lembrando que além de mortas-estrelas brilhando numa brincadeirinha de deixar vivas lembranças, também existem wormholes, blackholes, 
a quantidade infinda de holes por aí tão traiçoeiros, mas enfim, isso fica por conta das miniaturazinhas de idéia e pensamento que tanto se chama de maquete, blablabla, nunca mais quero encostar a mão num papel triplex por conta de faculdade alguma, resumindo é isso, vou ficar rico e comprar a batuta do Mahler, deve estar em algum museu da Áustria mas eu compro, e sair regendo por aí, porque hoje estou popular adolescente inocente, 
acreditando tudo dar certo, o feche de luz lá atrás passando por um cristal e se abrindo num leque de vida, ahm, não sou certo dessas coisas todas de física, volto a mim:
ok, não conto com tanta boa vontade desse mundo ocupado em se achar no próprio eixo, e então sair regendo por aí ainda que uma orquestra imaginária, aqui dentro da cabeça, e vou ser um tanto piegas agora mas vou ter que admitir que, mesmo nessas circunstâncias, vou ser um tanto feliz.



 

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