terça-feira, 9 de outubro de 2007

The question is

Já deixando a língua da rainha para trás, passando a perna em Shakespeare, travando a língua de Hamlet.
Porque no final das contas "ser" não nos é condicional, amém, mas o que fazer disso é um problema.

Vamos então adotar Sabino:


o diretor do lugar ia dizendo ao grande mentecapto, que acabara de entrar para o hospício:

"Qual a sua encarnação? Napoleão ainda devemos ter uns três ou quatro. Temos também um que é grão de milho, não pode ver uma galinha foge correndo. E tem outro que é justamente a galinha, vive a perseguir o pobre grão de milho, cacarejando. Tem um que é uma cafeteira, passa o dia inteiro com um braço na cintura e outro pra cima. Mas não serve ninguém, acho que está vazia. Dom Pedro Segundo temos dois. O último morreu de tanto grito do Ipiranga que deu. Não escolha Tiradentes, que o último que tivemos acabaram enforcando. Foi preciso que Caxias, O Pacificador, viesse botar ordem nessa joça, que isso aqui estava uma loucura, se me permite a redundância, hihihi. Vou lhe dar um conselho: seja coisa, não seja gente. Coisa é muito melhor. Uma coisa bem macia, fofa... Uma nuvem, por exemplo. Eu vou lhe contar um segredo, peço que não conte a ninguém. Quando vim para cá, minha intenção era ser uma nuvem, mas não pude porque tinha que andar pelado e isso era incompatível com minha condição de Diretor. Já imaginou uma nuvem de calças? Hihihi."

Sabe: travando a língua do Víctor, essa é a verdade.
Mas estou em dúvida ainda.
 

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