segunda-feira, 21 de março de 2011



Um dos problemas é não sabermos a distância da ponta do Leocádia às rochas meio sumidas n'água [e no movimento revolto do mar não se sabe se água ou rocha]. Porque o caminho [e ao dizer "caminho" me faço arriscado porque caminho é um decidido nada no centro e um algo de um lado e doutro] porque o caminho é vida e mal se repara, somente se vai vivendo, subindo que mal se sabem degraus. E, quando chegamos ao topo do promontório, [pois cegos de um véu-grinalda] não sabemos dizer a queda; outro problema não sabermos nem dizer queda ou salto ou força ou vento. E ainda um outro dos problemas é mal sabermos quem de fato está ali àquela beira; tão grande caminho para se chegar até lá quem o entrou mal o sabe um fim [reconhece-se somente dentro de um eu, se há eu, a mesma aquela crença que teve Safo], modo que devia-se recobrir-se e pisar [lá no chão daquele alto] em espelhos e olhar para baixo com finalidades tantas, pois mal se sabe a altura, mal se sabe salto força queda vento e mal se se sabe.
Sabe-se somente o mar, em espreita espera, com a serenidade de coisa que, sim, sabe-se eterna.



2 comentários:

beta(m)xreis disse...

lindo

vosb disse...

tenho a impressão depois de algum tempo e depois de reler várias vezes em momentos diferentes, enfim, tenho a impressão de este talvez ser um dos posts mair herméticos que já fiz, embora jamais tenha sido de fato a intenção, até mesmo porque acho intencionar hermeticismos um saquinho, rs

 

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