hoje, no décimo sexto de maio, veio céu se enchendo dum pretume já há algum tempo sem vista, porque a seca tava correndo antecipada, e cai aqui na asa mais do sul (desconferência geográfica: Brasília tem norte que não o é, nem sul é sul, e a guia se faz somente rumada, modo que a cabeça vem com uns desbaratinos de causas: desorientações pelas rosas dos ventos), cai aqui nesta Asa que aponta pras minhas origens e ventre um chuvisqueiro plumado, pra causar intermitência inda que pouca nas previsões dos meses porvirem em ar que seca garganta e torna o acordar um fazer incômodo, intermitência sem nutrição porém suficiente pra memorar a terra de seus perfumes quando-mais-a-água e roubar do passo-a-passo a poeira dos pés, que já vão cansando do percorrer dos caminhos desconhecidos ou conhecidos mesmo. Fadiga.
LXXXVI.
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Aprendi a desistir. Largar de mão.
Uma vida insistindo em fazer acontecer e consertar. Não por querer, porque
não sabia fazer de outro jeito. Mas aí bate, q...
Há 6 anos
1 comentários:
"No regresso do funeral, havia demasiado céu nos olhos de minha pobre mãe. [...] enquanto, mais atrás, eu apagava as pegadas que conduziam à sepultura.
- Sacudam os pés, as poeiras gostam de viajar".
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